Considerações sobre a Poligamia

Considerações sobre a Poligamia
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Os Muçulmanos são frequentemente acusados de serem promíscuos devido ao fato da poligamia ser permitida no Islam. Porém, é necessário alguns pontos a serem considerados:O Islam não introduziu a poligamia. Poligamia irrestrita foi praticada na maioria das sociedades humanas, ao redor de todo o mundo, em todas as épocas. O Islam apenas regulamentou a poligamia limitando o número de esposas e estabelecendo responsabilidade na sua prática.


A monogamia do Ocidente foi herdada da antiga Grécia e Roma, onde os homens eram restritos pela lei a mais de uma esposa, mas livres a terem tantas amantes quanto quisessem, especialmente entre a população escrava. No Ocidente de hoje, o fato é que grande parte dos homens casados mantém relações extraconjugais.

Monogamia imposta é meio ilógica, se a gente pensar bem. Se um homem desejar ter uma segunda esposa da qual toma conta e cujos filhos carregam o seu nome e são sustentados por ele, é considerado um criminoso. No entanto, se ele tiver várias amantes e filhos ilegítimos a sua relação é considerada legal.

A poligamia surge devido a uma necessidade na sociedade. Existe, normalmente, um excedente de mulheres na maioria das sociedades e isso se torna uma questão a ser considerada, pois o número desse excedente cresce e consequentemente o número de filhos sem figura paterna presente também cresce.

A poligamia protege os interesses das mulheres e das crianças. E, sendo o homem é quem faz as leis o que acontece é que eles preferem manter a poligamia ilegal, pois os absolve de responsabilidade. Poligamia legalizada requer um gasto maior com suas esposas e filhos adicionais. A monogamia permite que eles desfrutem de casos extraconjugais sem consequências econômicas.

Poligamia institucional previne a disseminação de DST’s.

E é importante considerar que, em se tratando da comunidade islâmica, apenas uma minoria pratica a poligamia na sociedade Muçulmana. Apesar da poligamia ser legal em alguns países muçulmanos, apenas 10-15% de muçulmanos nesses países têm o casamento plural. Embora a maioria dos homens queira ter mais de uma esposa, não conseguem arcar com os custos em manter mais de uma família. Mesmo aqueles que são financeiramente capazes de tomar conta de famílias adicionais são frequentemente relutantes devido aos encargos psicológicos em lidar com mais de uma esposa. Os problemas familiares são multiplicados num casamento plural.

Condições para a poligamia têm sido adicionadas em muitos países muçulmanos. Por exemplo, no Egito, primeiro tem de ser obtida a permissão da primeira esposa. Outros têm aceitado a poligamia na condição da mulher ser infértil ou ter alguma questão que justifique a poligamia, de alguma forma.

E por último, a gente precisa compreender que a legislação divina olha para a sociedade como um todo tentando maximizar os benefícios e minimizar os danos. Se uma certa legislação beneficia a maioria da sociedade e causa algum mal a uma minoria, é dada prevalência ao bem geral da sociedade. E a gente pode citar a proibição do álcool para exemplificar com mais um assunto: o vinho é benéfico à saúde se consumido em uma quantidade muito pequena, porém os malefícios são evidentes quando consumido em maior quantidade ou diariamente. É muito mais comum pessoas que desenvolvem a dependência do que pessoas que passam uma vida sem desenvolver a dependência pelo álcool em algum nível. Portanto, no Islam, bebidas alcoólicas são proibidas para todos, visando a maioria que é prejudicada pelo seu consumo.

Esperamos que estes pontos de reflexão possam ajudar na questão da compreensão da questão da poligamia, apesar de todo o marketing prejudicial em torno do assunto. E se houver interesse, sugerimos este vídeo que trata sobre esta questão com mais detalhamento: clique aqui para assistir


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O Islam

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