Allahu Akbar – Deus é o Maior

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A importância dos corações

É dito no Alcorão:

“… mas vos culpa pelo que vossos corações logram.” [Surah al-Baqarah (2):225]

“Um dia, quando a ninguém beneficiarem nem riquezas nem filhos, exceto a quem chegar a Allah, com coração imaculado.” [Surah ash-Shu’araa (26):88-89]

O Profeta () disse:

“Deveras, existe um pedaço de carne no corpo; se for são, todo o corpo é são. Porém, se for enfermo, então todo o corpo é enfermo. Certamente, isso é o coração.”[1]

Al-Haafidh Ibn Rajab (m. 795H) – rahimahullah – disse:

“Então saiba que o mundo – e o que quer que se encontre acima dele ou abaixo dele na água – não será retificado exceto quando as ações dos seus habitantes forem todas por Allah. As ações do corpo seguem as ações e intenções do coração. Portanto, quando as ações e intenções do coração forem puramente por Allah apenas, então [o coração] será retificado, e de forma semelhante, as ações do corpo serão também retificadas. Porém, se as ações e intenções do coração forem para outro que não Allah, então será corrupto, e do mesmo modo, as ações do corpo serão também corruptas na medida do tamanho da corrupção do coração.” [2]

Além disso, acrescentou:

“Os corações não serão retificados até que ma’rifah (conhecimento e consciência) de Allah – estar temente da Sua grandiosidade, amá-Lo, temê-lo, ter esperança, depender e confiar Nele – seja firmemente implantado neles. Esta é a realidade do tawhid e o significado da frase: laa ilaaha illallaah (de que ninguém é digno de adoração exceto Allah). Assim, os corações não serão retificados até que Allah seja tomado como o ilah (divindade) a ser conhecido, amado, temido e em Quem se deve ter esperança, e de que Ele – juntamente com tudo isso – se torne no único ilah (divindade) digno dessa adoração, sem Lhe associar qualquer parceiro.” [3]

A grandeza de Allah

Certamente, poderemos começar a apreciar a Sua grandeza e reverenciá-Lo, considerando algumas narrações relacionadas com o que Ele – o Altíssimo – criou.

O Profeta () disse:

“Verdadeiramente, eu vejo aquilo que não vêm e ouço aquilo que não ouvem. O céu gemeu, e tem direito a isso. Por Aquele em cujas mãos está a minha alma! Não existe no céu, um espaço equivalente a quatro dedos, exceto que nele um anjo tenha-se prostrado a Allah. Por Allah! Se soubessem aquilo que eu sei, rir-se-iam pouco e chorariam muito, e não teriam prazer com as mulheres nas vossas camas, mas ao invés, iriam à loucura e implorariam a Allah por ajuda.” [4]

Ele () disse:

“Os sete Céus comparados ao Kursi (trono/escabelo) são como um anel que é atirado para o deserto. E tal é a grandeza do ‘Arsh (o Trono de Allah) comparado com o Kursi.” [5] 1

Ele (ﷺ) também disse:

 “Foi me concedida a permissão para vos informar acerca dos Anjos de Allah – o Altíssimo – que carregam o ‘Arsh (Trono). Entre as orelhas e os ombros de um dos anjos existe uma distância de setecentos anos de viagem.” [6]

Ele () ainda disse:

Al-Baytul-Mamur encontra-se no sétimo céu [diretamente acima da Ka’bah]. A cada dia, setenta mil anjos entram nele, e não retornarão até ao Dia da Ressureição.” [7]

Assim, “a necessidade dos servos por este (tipo) de conhecimento é maior que qualquer outra necessidade; e é a mais indispensável de todas as coisas para eles, já que não existe vida para os corações, nem nenhum contentamento, nem nenhuma tranquilidade, exceto através do conhecimento do seu Senhor, o Único digno de ser adorado, o seu Criador – com os Seus Nomes, Atributos, e Ações, e que Ele – junto com tudo isso – é mais amado para a pessoa do que qualquer outra coisa.

Desse modo, o empenho do homem em relação a tudo o que irá lhe aproximar de Allah, à exclusão da criação… As pessoas que conhecem melhor Allah, são aqueles que melhor seguem o caminho a Ele; e sabem melhor o que jaz no fim do caminho.” [8] 

  Notas de Rodapé:

[1] Relatado por al-Bukhaari (1/126) e Muslim (nº 1599) de an-Nu’maan ibn Bashir (radhiAllahu ‘anhuma).

[2] Jaami’ al-‘Ulum wal-Hikam (p. 120).

[3] Jaami’ al-‘Ulum wal-Hikam (p. 120).

[4] Hasan: relatado por Ibn Maajah (nº 4190) e at-Tirmidhi (2/51), que o autenticou, de Abu Dharr (radhiAllahu ‘anhu).

[5] Sahih: relatado por Ibn Abee Shaybah em Kitaabul-‘Arsh (1/114) e al-Bayhaqi em as-Asmaa was-Sifaat (p. 290), de Abu Dharr (radhiAllahu ‘anhu). O hadith é autêntico devido às suas várias rotas de transmissão – conforme explicado por Shaykh al-Albaani em as-Sahihah (nº 109).

[6] Sahih: relatado por Abu Daawood (nº 4727) e al-Bayhaqi em as-Asmaa was-Sifaat, (nº 398), de Jaabir (radhiAllahu ‘anhu). Foi autenticado por Imaam adh-Dhahobi em al-‘Uluww (p. 58).

[7] Sahih: relatado por Ahmad (3/153), de Anas (radhiAllahu ‘anhu). E a adição é relatada por Ibn Jareer at-Tabari no seu tafsir (11/27). O hadith foi autenticado por al-Albaani em as-Sahihah (nº 477).

[8] Sharhul-‘Aqeedatit-Taahawiyyah (p. 27) de Imaam Ibn Abil-‘Izz. 

Nota da Tradutora:

1. No artigo original (tradução inglesa) os termos Kursi e ‘Arsh apresentam o mesmo significado. Porém, de acordo com algumas narrações e comentários dos estudiosos, existe diferença entre estas duas expressões. Kursi é o escabelo do Misericordiosíssimo, de acordo com a mais correta das opiniões dos estudiosos a este respeito. O ‘Arsh (Trono) é o maior de todas as coisas que Allah criou, sobre o qual o nosso Senhor se eleva de uma forma que se ajusta à Sua Majestade. Contém pilares e é carregado por portadores que são anjos de grande tamanho. (fonte: Islamqa)

Fonte: Abdurrahman.Org

Leia também: A Importância dos Nomes e Atributos de Allah


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