Geologia – As Montanhas

Geologia – As Montanhas
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Podemos muito bem imaginar que, a um beduíno do deserto, uma montanha não parece ser mais do que uma inconveniente marca de beleza sobre a face da Terra.

Para a tripulação das caravanas, os agricultores e pastores de ovelhas da época de Muhammad, montanhas provavelmente teriam apresentado mais dificuldades do que benefícios. Para quem se deteve e pensou sobre elas, teriam parecido estranhas, e sobre ter encontrado algo de bom a dizer a respeito delas, ainda mais estranho.


Mesmo nos dias de hoje, poucas pessoas contemplam as montanhas além dos benefícios recreativos que oferecem. Uma caminhada agradável, uma esquiada emocionante, um pacífico piquenique – tais prazeres não significariam nada para um beduíno acostumado com a inconveniência de ter que desviar em torno de uma montanha com sua caravana, arar um campo agrícola costa acima ou subir uma colina íngreme e rochosa para recuperar uma ovelha desgarrada. 

Que possível benefício poderia um beduíno do deserto encontrar em uma montanha?

Só recentemente a geologia moderna reconheceu a maior importância das montanhas para o mundo como nós o conhecemos: montanhas possuem raízes. Para citar Tarbuck e Lutgens, “A existência dessas raízes foi confirmada por dados sísmicos e gravitacionais”. Uma montanha de três ou quatro milhas de altura pode projetar uma estrutura de raiz na crosta continental de trinta ou quarenta milhas de profundidade no manto da Terra. Este eixo de raiz da montanha serve para suportar o peso da montanha sobrejacente, estabelecendo assim um equilíbrio ou, na linguagem do geólogo, um isostasia. O olho do homem não vê nada além da relativamente pequena elevação de uma montanha, enquanto um eixo de quarenta milhas da crosta terrestre se mantém invisível, embutida na astenosfera plástica mais profunda, bem como a cabeça de um prego que se projeta acima da superfície de um bloco de madeira, montada sobre um eixo de aço imperceptível.

Ou como uma estaca.

É interessante, então, observar a descrição das montanhas no Alcorão Sagrado: ” Não fizemos da terra leito? E das montanhas estacas?” (Alcorão, 78: 6-7). Agora, de onde vem esta observação? Da mente de um beduíno? Não é provável. 
Nos últimos anos, os geólogos supuseram que as montanhas, já que surgem nos pontos de colisão entre placas continentais, estabilizam a crosta terrestre. Como tais, elas representam uma solda entre as placas continentais em colisão. Na ausência de tal soldagem, as placas litosféricas se sobrepõem umas às outras, resultando em um sismo cada vez que uma mudança ocorre para liberar a tensão acumulada. Como todas as montanhas representam tais soldagens, a completa ausência de montanhas desestabilizaria a superfície da terra.

Tal conhecimento se desenvolveu na sequência do estudo das placas tectônicas ao final do século XX, sendo que, sem a influência estabilizadora de montanhas a relevante conclusão: a superfície da Terra estaria em frequente, se não for contínuo, terremoto. Esta informação é considerada revolucionária no campo da geologia, mas convida a um bocejo de 1.400 anos de idade, a partir de uma revelação que registra, ” E Ele implantou na terra assentes montanhas, para que ela se não abale convosco…” (Alcorão, 16: 15)

Trecho do livro “Guiados?”, Lawrence Brown, faça o download do livro completo pelo link: clique aqui


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